a
exposição

A primeira coisa que se alcança com o olhar e logo em seguida se perde. O limite que se estende no espaço entre o chão e o céu, cresce em relação proporcional a amplitude da superfície. Neste exercício de estar na paisagem é sempre uma posição de perdedor, talvez por isso seja tão comum na história da arte tantos artistas se dedicarem a eternizar retratos de um tempo, com uma certa luz, em um lugar.

Esta exposição é constituída da incapacidade de eternizar paisagens, por ser ela mesma perecível. Por isso lança mão de um grupo de trabalhos onde a finitude e o declínio do espaço acontecem, estão divididos em três grupos que configuram uma triangulação entre o céu, a terra e a luz, elementos que constituem e desmancham a imagem. As ideias de transformação, mutabilidade e desaparecimento da paisagem se tornam imperativos aqui. 

Temos aprendido que propor experiências curatoriais em ambientes virtuais continua sendo um exercício experimental da virtualidade com paisagem contemporânea, assim reunimos trabalhos que só existem enquanto projeto ou que já desapareceram e sobraram apenas seus registros, vários trabalhos em vídeo e que foram criados no ambiente virtual dialogando com evidências de outras materialidades, enfatizando que seus encontros e proximidades geram um novo código que leitura sobre o mundo.

Este lugar tem o intuito de produzir encontros entre gerações e momentos diferentes do tempo, com a certeza que reflexões e composições artísticas produzidas por outras gerações se renovam e se tornam mais complexas quando são novamente incluídas em outros contextos e em outras discussões. Reeditando o modo como olhamos para os trabalhos de arte, no espaço e a luz das nossas paisagens virtuais. 

gilson plano
curador

os artistas

Ver obra Ana Flávia Marú, Itumbiara, Goiás, 1992. Arquiteta urbanista formada pela UFG (2016). Fez parte de algumas residências artísticas no estado de Goiás e agora integra o Programa de Residência da Pivô em São Paulo. Henrique Borela, Goiânia, Goiás, 1989. Realizador audiovisual Cientista social pela UFG, vive e trabalha em Goiânia. Dirigiu alguns curtas, entre eles Porfírio (2015) e Japão(2021), e também os longas Taego Ãwa (2016) e Mascarados (2020) Octávio Scapin, Angra dos Reis, Goiás, 1987.  Arquiteto e Urbanista, mestre pela FAU-UnB e atualmente doutorando do Programa de Pós-Graduação da Escola de Arquitetura da UFMG, vive e trabalha na cidade de Goiânia. Pedro Henryque de Oliveira, Goiânia, 1988. Arquiteto e Urbanista, mestre pela FAUed-UFU e atualmente professor no curso de Arquitetura e Urbanismo da UFG, Goiás.
Ver obra Itapuranga (GO), 1989. Vive e trabalha em Goiânia. Suas investigações artísticas estão centradas na imagem como escrita, na poética dos arquivos, suas montagens e apagamentos dos limites entre “documento” e “ficção”. Doutorando em Artes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Ver obra Uberaba,  MG, 1984 Cássia Nunes vive e trabalha em Goiânia. Participa da idealização e produção do ROÇAdeira – Encontros Performáticos em Lugares Improváveis, da articulação do Sind-Lauper – Sindicato das Loucas Artistas Unidas da Performance e do Acocoré – Arte, Coletivos, Conexões e Redes. Graduada em Ciências Sociais pela UFU e Mestranda em Artes da Cena pela UFRJ. Professora da rede estadual de Goiás com atuação em projetos educativos desenvolvidos em museus e instituições de artes visuais.
Ver obra Belo Horizonte, MG, 1975 Artista visual. Professor na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Doutor em Artes, com tese intitulada “Em Demolição: notas sobre desenho, processo e lugar”. Integrante dos grupos de pesquisa Entrópicos; Nedec e Âmbar.Tem participado de residências artísticas, exposições individuais e mostras coletivas.
Ver obra Anápolis ,  GO , 1990 Com produção em fotografia e vídeo, aborda questões sobre espaços, monumentos e imagens. Realizou duas exposições individuais com curadoria de Divino Sobral. Foi premiado no Salão Anapolino de Arte. Participou de exposições no Centro Cultural Octo Marques, CCUFG, MARCO, Casa das Onze Janelas, CCSP.
Ver obraBrasília ,  DF , 1981 Raquel Nava investiga o ciclo da matéria orgânica e inorgânica em relação aos desejos e hábitos culturais, usando taxidermia e restos biológicos de animais justapostos à materiais industrializados em suas instalações, objetos e fotografias. A diversidade de sua produção está nos experimentos com técnicas e materiais, mas sempre surge uma referencia aos órgãos ou aos organismos. Formou-se em artes visuais pela Universidade de Brasília (2007), obteve título de mestre em Poéticas Contemporâneas pela mesma instituição (bolsa Capes 2010-12)  e foi aluna da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (2005). Trabalhou como professora de licenciatura em artes visuais da Universidade Aberta do Brasil EaD/UnB (2010-2017). Expõe com regularidade desde 2006, tendo realizado mostras individuais em Brasília, no Rio de Janeiro, em Lima e em Paris. Entre suas exposições individuais estão “Não é anta, é capivara!” na Alfinete Galeria/Brasília (2021), “Apresuntados” curadoria de Lola Fabres no Centro Cultural São Paulo/CCSP (2019), “Suturas” curadoria de Raphael Fonseca na Portas Vilaseca Galeria/RJ (2017). Possui obras no acervo do Museu Nacional da República de Brasília, no Centro Cultural Universidade Federal de Goiás/UFG, na Casa da América Latina/CAL-UnB e no Centro Cultural São Paulo/CCSP. Em 2016 teve o projeto Taxidermia Contemporânea: transformações e apropriações de Pesquisa e Residência Artística contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura- FAC/DF. Indicada ao Prêmio Pipa 2018 e ao 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019. Em 2020 teve o projeto Estomacais: estômagos ruminantes e ideias má digeridas contemplado pelo FAC/DF. Atualmente é professora temporária no curso de graduação em artes visuais pela Universidade de Brasília/UnB.

Goiânia ,  GO , 1986

Sallisa Rosa é natural de Goiânia – Goiás, atualmente vive no Rio de Janeiro.  

Atua com a arte como caminho e experiências intuitivas, ficção, território e natureza, sua prática circula entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas.

A sua primeira exposição individual acontece em novembro de 2021 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM. O trabalho de Sallisa foi destaque na Trienal do SESC em Sorocaba (2021), na exposição Histórias feministas: artistas após 2000 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) (2019), VAIVEM, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (CCBB) (2019), na Bienal do Barro, Caruaru (2019), Estratégias do Feminino, Farol Santander, Porto Alegre (2019), Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2019) e Dja Guata Porã, Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) (2017). Indicada ao Prêmio PIPA 2020

Ver obra Guarujá , SP, 1997 Vive e trabalha em Anápolis, Goiás. Artista visual, arquiteto e urbanista graduado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), participou de mostras como a XII Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e a exposição “Vaivém” no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), participando mais recentemente da 7ª edição do EDP nas Artes, no Instituto Tomie Ohtake. Revisitando uma série de documentos históricos, como publicações, catálogos de exposições e representações cartográficas, o artista vem elaborando uma série de mapas investigando a construção da ideia de um “Brasil moderno” como uma contraditória atualização de um imaginário colonial. Ao mesmo tempo, seu trabalho vem se dedicando as tensões existentes na apropriação e reinvenção dos ícones da arquitetura moderna por diferentes arquiteturas não-oficiais no interior do Brasil.

ficha técnica

Curadoria
Gilson Plano

Textos críticos 
Nutyelly Cena
Sophia Pinheiro

Produção
Malu da Cunha

Projeto Gráfico e Plataforma Digital
Sharmaine Caixeta
Lucas Ywamoto

Comunicação e Assessoria de Imprensa 
Seven Star
Aline Borba  

 

Este projeto foi contemplado pelo Edital de Artes Visuais – Lei Aldir Blanc
Concurso nº 03/2021 – Secretaria de Cultura – Governo Federal

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